Faz muito tempo que tenho tentado fazer algo um pouco maior que as tiras. Mas os trabalhos sempre acabavam ficando pela metade. Há pouco mais de um ano meu foco tem sido as HQs de 1 página, e acho que esse formato tem me ajudado a ganhar experiência e a experimentar algumas ideias. No último mês resolvi tentar fazer uma HQ um pouco maior, de quatro páginas, que seria um novo patamar. Foi difícil. Mas estou chegando ao final (faltam as revisões ). O resultado não é de todo ruim. A ideia agora é fazer mais histórias com esse número de páginas, até ficar acostumado com o formato. Um degrau de cada vez, sempre!
Autor: Leonardo Pascoal
Baixista
Foco no preto e branco
Mais um detalhe da HQ que estou fazendo. Vou começar a terceira página, mas antes quero terminar uma ilustração que em breve posto aqui. Estava vendo alguns trabalhos com tinta a óleo e deu aquela vontade de colorir alguns desenhos. Mas resisti. Foco no preto e branco. Foco nos quadrinhos. Aos poucos novas camadas vão se agregando, mas uma coisa de cada vez.
Um quadro da próxima história
Este é o primeiro quadrinho da próxima história (serão quatro páginas e, se ficar boa, será publicada). Sempre tive dificuldades para trabalhar com cenários, mas nada melhor como encarar o desafio para ganhar alguns pontinhos de experiência. =D
Sete (bons) hábitos para artistas
Segue um resumo livre das idéias passadas por este vídeo que um grande amigo me recomendou:
1. Trabalho diário… sempre vence arrancadas curtas!
2. Volume, não perfeição… vá para o seu próximo trabalho!
3. Roubar… encontre seus ídolos, e roube deles!
4. Estude conscientemente… isso nem sempre é divertido, mas é a forma mais rápida de melhorar!
5. Descansar… tenha uma pausa para ver seu trabalho com olhos frescos!
6. Tenha feedback… vale o peso em ouro!
7. Criar o que você gosta… você irá fazer um trabalho melhor, e manter-se motivado.
Agora é só colocar em prática!
Enfrentando o medo de fazer HQs maiores
Estou fazendo uma HQ curta de 4 páginas. Terminei o argumento e os thumbs. Preciso acertar o texto e definir melhor, visualmente, os personagens, antes de começar a desenhar as páginas.
É incrível como o medo em cada uma dessas etapas quase me paralisa. Em alguns momentos o coração bate forte. É um misto de angústia e quase certeza de que isso tudo não vai dar em nada.
Tenho que resistir. Tenho que conseguir. Não importa no momento o resultado. Quero só terminar e, com mais pontos de experiência, partir para a próxima.
Enfrentem seus medos, por mais aterrorizantes que eles possam ser. E comam legumes!
Mais um quadrinho de uma página…
Mais um quadrinho de uma página postado. Não tenho sido tão produtivo quanto gostaria (apesar de ser, com certeza, o melhor ano depois de muitos), mas sinto alguma evolução no método. Quero fazer algumas histórias maiores. Mas antes preciso criar uma certa velocidade nas histórias de uma página antes. Caso contrário entro nas minhas velhas aspirais descendentes (muito tempo dedicado a projetos que não terminam). Também percebi que as temáticas de minhas histórias ultimamente andam meio down. Não sei se posso fugir disso.
Quadrinhos que acabei de ler #2
Akira de Katsuhiro Otomo (1982-1990).
Na foto acima, a edição japonesa (à direita) e a brasileira ao lado. Tive contato pela primeira vez com a obra por volta de 1998, quando um amigo me emprestou as edições publicadas pela Globo aqui no início dos anos 90. Nessa época, os últimos números da HQ não haviam ainda sido publicados. Mesmo assim, a imersão que tive ao ler Akira me marcou profundamente. Edição por edição eu entrava naquele universo, conhecia aqueles personagens, vivia aquela história. Tentei durante um tempo encontrar as edições nacionais. Desisti. Acabei comprando algumas das edições japonesas. E, passados mais de 15 anos, para minha surpresa chega às minhas mãos uma nova edição de Akira em português, feita aos moldes da edição japonesa. Reler essa obra é reviver bons momentos e surpreender-se com o belíssimo trabalho de Katsuhiro Otomo, que, como todo grande clássico, resiste ao tempo.
Rabiscando no inverno
Próxima HQ curta em gestação.
Algumas suspeitas
- Talvez não exista um jeito certo de se fazer. Mas exista o SEU jeito certo de fazer.
- Talvez você esteja procurando no local errado. Ou a coisa errada.
- Talvez seja melhor ser MENOS racional. Seja apenas VERDADEIRO.
- Talvez você não precise chegar a algum lugar. Mas apenas AGIR como se a algum lugar esteja indo.
- Talvez, mas apenas talvez, você precise RIR de vez em quando.