Revistas, histórias curtas e Leandra Leal

Três ou quatro assuntos rápidos:

1.

Você deve concordar comigo que os webcomics são uma boa. Então, prometo ir colocando minhas histórias aqui no site/blog, mesmo que elas forem feitas para sairem no papel. É o caso da pequena hq que estou fazendo para a Café Espacial número 6 que logo estará aqui.

2.

Estou sentindo uma necessidade grande de fazer narrativas curtas. Talvez seja uma forma de reencontrar meu estilo, meu caminho, após esses dois ultimos anos tentando fazendo uma história longa.

3.

Quero participar de mais revistas. Talvez fazer uma nova esse ano (ou continuar minha velha).

4.

Nome Próprio é um belo filme Murilo Salles com Leandra Leal que conta a história de uma jovem blogueira intensa cuja vida é sua narrativa. Veja!

Webcomic

Mercado de quadrinhos impressos

Fazer quadrinhos para o papel é quase um fetiche que de todo moleque que cresceu lendo gibi de banca sonha. Mas o mercado de quadrinhos de hoje não é mais como antes (nos anos 80 um título vendia 150 mil exemplares, hoje as editoras se contentam em vender 5 mil exemplares de cada um das centenas de títulos que temos nas bancas e livrarias, ou seja, vende-se pouco, porém a variedade é gigantesca — deram o nome desse fenômeno de calda longa). Não é possível sustentar um artista vendendo 5 mil exemplares de revistas por mês, ou 2 mil livros por ano. É inevitável que o autor nacional se torne cada vez mais alternativo (fazendo pequenas tiragens, distribuindo de forma não convencional), ou migra para mercados onde ainda há uma indústria. 

Livros

Durante o último ano e meio pensei que um caminho viável para produzir quadrinhos no Brasil seria a livraria. Mas só a livraria não basta. Editar 2 mil exemplares (pela Devir) ou 5 mil (pela Cia das Letras), apesar de ter um certo glamour, não resolve a vida do autor muito menos do leitor (você tem apenas álbuns que não rendem dinheiro para quem faz — calcule 10% de 2 mil livros a R$ 30 e chegue a essa conclusão –, e afasta o leitor comum que não está disposto a comprar um quadrinho desconhecido por R$ 30).

Internet

A internet surge como uma via que torna o quadrinho mais barato para o leitor (custo zero), elimina atravessadores (nada de editor, gráfica e problemas de distribuição) e dá ao autor liberdade (quase) infinita. Com a internet uma pessoa é ao mesmo tempo autor, editor e marketeiro de seu trabalho. Grandes poderes, grandes responsabilidades. 

No curto prazo ninguém vai ganhar dinheiro com quadrinho online (afinal, ele é gratuito). Mas no médio prazo, já se tem algumas histórias de sucesso, como PVPonline (cujo autor atualmente vive da própria arte, vendendo livros copilados das histórias que aparecem no site — ah! e por não haver atravessadores, sua porcentagem sobre o preço de capa é de longe mais alta que os autores contratados por editoras, gira em torno de 80% — e uma série de bugigangas). 

Mas não creio que a questão financeira seja o atrativo de se fazer webcomic. Ninguém vai ficar rico fazendo quadrinhos para a internet. E sei que dificilmente poderei largar meu emprego formal sem antes ganhar na loteria. Mas, muito me tem chamado a atenção três fatores: alcance, rapidez e comunicação direta com o leitor.

Alcance: se considerarmos também os usuários de rede pública (lanhouse), o Brasil possui 64,8 milhões de usuários de internet com mais de 16 anos. Rapidez: a publicação é instantânea, não precisa ir para a gráfica e nem ser distribuído. Comunicação com o leitor: o leitor pode opinar a respeito do seu trabalho de forma rápida e direta, sem intermediários.

Gosto de sentir o cheiro do papel e ver meus quadrinhos impressos. Sempre que tiver oportunidade, vou optar pelo impresso (em 2010 tenho dois projetos engatilhados para isso). Porém, não posso fechar os olhos para os webcomics e sua nova maneira de lidar com a publicação, edição e veiculação dos quadrinhos.

O caminho está dado. Só nos cabe ter boas histórias para contar.

Pindura 2010

Saiu o Pindura 2010, o calendário mais louco que você dificilmente irá encontra na papelaria da esquina. Quem quiser o seu é só falar com  a Sarah  e o Daniel. Em São Paulo você pode encontrar o calendário na Livraria HQ-mix (praça Roosevelt, 142). Ainda não sei em qual semana meu desenho ficou, tomara que seja uma que tenha feriado prolongado!

Demônios, menininhas e bandas mortas-vivas

A cada dia que passa, fico mais convencido que o caminho é fazer webcomics (acho que vale a pena eu voltar a esse assunto no futuro, expondo algumas descobertas e conclusões a que cheguei). E, para entrar bem nessa empreita, nada melhor que fazer algo de primeira, caprichado e que seja empolgante para mim e, principalmente, para os meus cinco fiéis leitores.

Estou trabalhando nessa história, que é uma história nova, porém com muitos elementos das histórias que deixei pela metade. Ainda não estou certo quanto ao mundo no qual a trama se desenvolve, talvez será uma terra povoada por demônios, mas é certo que muitas menininhas e um cara depressivo estarão presentes.

Esse post é mais ou menos como um aviso para deixar você tranquilo, e dizer que ainda estou vivo (tocando no assunto, sabe quem voltou a vida? Alice in chains: mais foda que nunca! Se você, assim como eu, já passou dos 25, deve ter ouvido muito essa banda).

Exposição na Academia Brasileira de Letras

Quadrinhos à máxima potência. Desenhos e textos de Alex Vieira, Allan Sieber, André Dahmer, Andrei Duarte, Arnaldo Branco, Caio Gomez, Chiquinha, Daniel Lafayette, Eduardo Arruda, Fábio Lyra, Fábio Zimbres, Gregorio Marangoni, Igor Machado, Laerte Coutinho, Leonardo, Leonardo Pascoal, LTG, Pablo Mayer, Rafael Polon, Rafael Sica, Stêvz, Tiago Lacerda. A exposição Oubapo faz parte do evento OuLiPo+OpLePo+OBLiPo de 21 a 30 de outubro de 2009.

Algumas histórias curtas

Voltei ao visual antigo do site (até que resisti bastante). Acho que vou deixar assim até ter pronto o novo site. Chamei dois amigos para me ajudar nessa empreita. Falta definir o conteúdo para podermos dar prosseguimento. O tempo urge! Fui convidado para alguns projetos bacanas. O primeiro é a caixa, um blog cooperativo e temático bem livre (aqui quero fazer ilustrações e testar técnicas). O segundo é uma exposição de quadrinhos no Rio, onde se deve usar algumas restrições para fazer quadrinhos (o prazo é curto, tenho que correr). O terceiro uma história para a revista Subversos (revista bem produzida, grande tiragem e distribuída de graça, não posso perder essa oportunidade). O por ultimo uma história para a Café Espacial. Acho que são boas oportunidades para experimentar e colocar a prova algumas idéias. Inté!

Webcomic

Estou começando os preparativos para começar uma nova webcomic. Ainda não tenho certeza se faço algo com personagens fixos e com um tom humorístico ou se tento serializar as histórias longas que tenho na cabeça (algumas com páginas e roteiro pela metade). Vou postando aqui no blog (às vezes com uma frequência irregular) os meus testes e reflexões ao longo desse processo de pré-produção. Outubro entro em férias do trabalho formal, com mais tempo esse processo deve levar menos tempo. Inté!