Deslocados já está em a venda. O álbum reúne 23 histórias em quadrinhos curtas em 96 páginas. Adentre nesse mundo de realismo fantástico em meio a narrativas kafkianas. Você vai encontrar histórias de pessoas comuns, tais quais eu e você, que vivenciam momentos decisivos, engraçados, reflexivos ou de horror, com visões e experiências insólitas.
Um pouco sobre as histórias do álbum #2
O desenho é da história ‘Lidando bem com críticas’. Que faz parte da seleção que estará no meu livrinho que dentro de alguns dias vai estar em pré-venda.
Esta história é de um período que eu andava muito crítico com o meu trabalho em quadrinhos. Ao ponto de ser difícil produzir, porque tudo que eu fazia parecia ser horrível. Foi um processo lento e longo aprender a lidar com essa cobrança interna.
Entender que o nosso pior crítico pode ser a gente mesmo.
Um pouco sobre as histórias do álbum
O desenho acima é da história ‘Sobreviver’ que abre o livro. Eu desenhei esta história quando estava fazendo um freela preenchendo áreas negras dos originais do grande Gabriel Bá em 2010. Talvez por isso acabei usando muito preto nos personagens e no fundo. Algo que gosto até hoje de fazer.
O personagem foi inspirado num tipo comum que eu via na universidade: das pessoas que não querem se formar, resistem a sair da condição de estudante e enfrentar o mundo aqui de fora, e acabam prolongando a vida acadêmica indefinidamente. O que, ao meu ver, é uma atitude válida e, em vários aspectos, corajosa.
Essa história é muito importante pra mim pois foi publicada na Café Espacial e, se não me fala a memória, foi exposta em pelo menos duas exposições: Rio Comicon de 2010 e Festival Internacional de Banda Desenhada de Beja de 2015 dentro da exposição “Café Espacial à Quinta”.
Participação na Bienal de Curitiba
Tá confirmado! Entre os dias 07 a 10 de setembro estarei em Curitiba lançando meu primeiro álbum na Feira Muvuca da Bienal de Quadrinhos.
Juntamente com o Sergio Chaves e a equipe da Café Espacial estive nos últimos meses me dedicando a esse livrinho que reunirá as histórias curtas que tenho produzido nos últimos anos em versões definitivas: revisadas, lapidadas e, quem sabe, tunadas!
Estou feliz com o resultado que esta semana foi encaminhado pra gráfica.
Também feliz por ter sido selecionado para a Bienal. Será muito legal lançar esse projeto em um evento que tem crescido em público e reunido gente de peso do cenário nacional dos quadrinhos.
Se você estiver em Curitiba nessa data não deixe de aparecer e trocar uma ideia e pegar uma edição do livro! 🙂
Ao longo deste mês vou dar mais detalhes sobre o álbum, bem como disponibilizar o link da pré-venda para quem não puder (ou quiser) estar presente no evento presencial.
Inté! 🙂
Uma capa sendo gestada
Achei no celular alguns videozinhos que fiz do processo de desenho da ilustração pra capa do meu primeiro livrinho.
Atualizações, resgate e resistência
Sei que basicamente não há muita vida fora das redes sociais. Pra muita gente a internet se resume a twitter, instagram e youtube.
Mas ainda penso ser fundamental para um desenhista, quadrinista ou escritor ter um site próprio. É no site próprio onde de fato o conteúdo é seu e você tem controle total. É o porto seguro.
É também quase um ato de resistência ter um site: é remar contra a maré num dia com muito vento.
Então o site permanece. Pelo menos enquanto eu estiver vivo e puder pagar pelo domínio e hospedagem.
Dito isso, fica o registro de que finalmente tomei jeito e atualizei a seção públicações aqui do site inteligível. Lá estão as revistas, fanzines e (em breve) livros que publiquei ou nos quais colaborei. Para tanto, resgatei dos porões da casa dos meus pais meu primeiro fanzine: Kisama.
É da época que eu era apenas um jovenzinho que lia muito mangá:
Este fanzine foi fruto de muita persistência. Acho que é uma história que vale a pena contar no futuro aqui no site.
Também coloquei no ar uma loja para abrigar minhas publicações disponíveis para venda já pensando em estar preparado para quando o livrinho for lançado.
Por hoje é isso.
E você? Tem um site/blog? Se não, tome seu posto no local da resistência! 🙂
Meu primeiro álbum ainda este ano
Faz um tempo desde a última HQ que postei aqui no site. Mas é por um bom motivo: nesse interim estava preparando o que virá a ser o meu primeiro livrinho.
Foi todo um processo de seleção, revisão e ajuste nessas histórias: tive que redesenhar uma das HQs porque não tinha mais os arquivos em alta para impressão (pior que acabei encontrando depois de ter feito todo o trabalho), outra eu não gostava do final porém não gostaria de deixar ela de fora dessa seleção então refiz os diálogos e parte dos desenhos da última página, estes e outros pequenos ajustes foram necessários até que essas HQs tomassem sua forma definitiva.
Agora o livrinho está em boas mãos com alguns grandes amigos e parceiros de longa data no processo de revisão de textos e ajustes finais de diagramação e capa.
Se tudo der certo, o álbum ainda sai este ano.
Vou soltando mais informações e imagens aqui tão logo a caravana caminhe. Até!
Exposição no Rio Comicon 2010
Estava procurando uma foto minha no computador para colocar no formulário de inscrição da Bienal de Quadrinhos de Curitiva deste ano e me deparei com as fotos que registrei dos meus trabalhos expostos no Rio Comicon de 2010.
Acho tenho certeza de que esqueci de postar aqui no site essas fotos. Então fica aqui o registro um pouco atrasado.
Foi bem legal ter tido a oportunidade de participar dessa exposição ao lado de feras dos quais sou fã do trabalho, como Fábio Lyra, Rafael Sica, Kitagawa e Marcelo D’Salete. Vou ser sempre grato ao Tiago Lacerda me convidou pra essa esposição.
Comece pequeno
Se alguém me perguntasse hoje como começar a fazer quadrinhos, eu diria: faça histórias curtas.
Comece fazendo histórias de uma página. Faça umas 10! Quando estiver confortável com esse formato, passe para as histórias com duas páginas, depois três, e… você entendeu o lance.
Foi isso que fiz nos últimos anos.
E foi muito legal fazer isso. Porque se tudo de errado na história que você estiver fazendo: se o desenho estiver ruim, se a história não ficar lá grande coisa, é só tentar algo diferente na próxima. E bola pra frente.
Depois de um certo tempo, percebi que tinha um volume de histórias que seriam suficientes para organizar em algo parecido com um livro.
Nos últimos meses fiz uma seleção das histórias que mais gosto, e alguns ajustes: um final do qual eu não gostava, alguns desenhos que não ficaram do jeito que precisavam ser.
Ainda é cedo para dar mais detalhes sobre o projeto. Mas acredito que ainda esse ano essas histórias se materializarão em algo físico.
Conto em primeira mão aqui. Lógico!☺
Novamente. Se alguém me perguntasse como começar: “faça histórias curtas!”
Processos: arte final
Tenho compreendido que o que realmente importa em um desenho é a arte final.
Quando se trabalha com um lápis muito definido, o desenho em si já está pronto, sendo a arte final mera burocrática fase onde se copia um desenho pronto, com outro material.
Dessa forma, estou buscando cada vez mais definir menos no lápis e sim apenas insinuar as grandes massas, deixando o desenho propriamente dito para ser trabalhado na arte final.
Acredito que dessa forma o desenho final ganha mais vida, pois ele em sí é único.
Abaixo uma demosntração desse processo do primeiro quadrinho da nova história na qual estou trabalhando.