Alguns avisos, considerações e desabafos
1. Roteiro quase pronto. Preciso ainda dar uma lapidada, mas acho que está 90% concluído. Será uma história um pouco maior que as últimas (não muito). E, embora tenha sido difícil gestá-la (nunca é fácil), acho (ou tenho esperança) de que estou trabalhando de forma mais consciente (menos naqueles instantes em que o imponderável domina o fluxo de ideias).
2. Será mais uma história que lida com o universo imaginário e situações do dia a dia. Tenho curtido essa praia. Seria um estilo? Talvez uma limitação.
3. Sigo fazendo o inktober (que tem sido bem divertido, mas ainda tenho receio de travar na metade) e treinando desenho de paisagem (esse não posto aqui por serem basicamente treinos com finalidade de estudo que tenho feito nas aulas do grande Kiko).
4. Muito orgulho de saber que mais um brasileiro ganhou o prêmio Eisner. E não é qualquer brasileiro: Marcelo D’Salete tem um trabalho poderoso, com densidade estética e crítica. Parabéns, colega de Crusp! 🙂
5. Tá rolando vários financiamentos no catarse. Em especial, recomento com pompa o “Os últimos dia do Xerife“, do grande Thiago Cruz. Dá uma olhada lá no projeto!
6. Eleições. Que país maluco é esse?
7. Li as revistas Animal (e algumas Porrada Special) via scan esses tempos. Muita coisa envelheceu mal. Mas Loustal continua sendo foda. E, Mutarelli sempre foi um ótimo contador de histórias.
8. A vida de adulto é chata. Mas, dá orgulho saber que ainda tenho os mesmos interesses que tinha quando era um moleque de 17 anos.
9. Em resumo: não deixe os quadrinhos mofando em uma estante. E ouça boa música.
Inktober 2018 – dia 5
Inktober 2018 – dia 4
Inktober 2018 – dia 3
Inktober 2018 – dia 2
Inktober 2018 – dia 1
Testando aquarela japonesa
Será que rola um impresso? Fobia e neuras…
Comecei a rascunhar uma pequena coletânea com as histórias curtas que venho publicado aqui e que ainda são inéditas no meio impresso. Estou enferrujado, eu sei, mas ainda lembro das teclas de atalho do Indesign (nos bons tempos, quando trabalhava com design editorial, cheguei a diagramar um livro de 300 páginas em pouco mais de 3 horas, inclusos gráficos e tabelas). Preciso elaborar a ilustração de capa, e lapidar um ou outro texto. Não é muita coisa. Até ai é só alegria, sinto-me em casa nessa função.
Mas, quando penso na logística pós gráfica, fico com um frio na barriga. Se o projeto vingar, será uma tiragem reduzida, 100, 200 no máximo. Mesmo assim, ainda tenho uma certa neura com o meu fracasso com a “editora” Losergraphics (bem, o nome já trazia consigo o inexorável destino), eventos e todo esse teatro que circunda o objeto impresso (banquinha em evento, release, correios, boletos…). Os tempos são outros, seu sei. Mas eu ainda sou o mesmo.
Mantenho-vos informados. Ainda essa semana coloco alguns desenhos que fiz num urbansketck (esse sim é um tipo de evento que me sinto mais em casa) e outros rascunhos para a próxima história. Até!
O grande dilema das narrativas curtas
Ainda estou trabalhando no roteiro da próxima história curta e, em alguma medida, tive alguns problemas com a sua escrita. Pensando sobre os motivos desse empasse, cheguei à conclusão de que o escritor, em especial aquele que escreve narrativas breves, possui uma grande responsabilidade em suas mãos. Explico: o espaço pode ser limitado, mas os personagens não, eles querem, senão precisam, contar a completude de suas histórias. Como as pessoas reais, os personagens querem que sua existência seja notada pelo mundo, de forma completa, e não apenas de relance. Entender essa angústia e tentar selecionar o momento mais significativo de suas vidas é uma tarefa difícil. Equacionar essa necessidade com um número limitado de páginas é um grande dilema.