Séries

Você já tomou seus remédios?

Quando criança, sofria de um especie de epilepsia. Me lembro apenas de uma crise, estava eu brincando de motoqueiro na mureta da varanda da vizinha quando perdi os sentidos. Acordei alguns bons minutos depois sendo carregado por três ou quatro mulheres desesperadas. Felizmente, com medicação e o crescimento da minha cabeça (ou diminuição do meu cérebro) nunca mais tive crises (talvez seja a única pessoa que não se irrita se for chamado de “cabeção”). Muito por conta disso, tenho medo de qualquer medicação ou droga lícida ou ilícita que possa afetar meu cérebro. É um medo irracional de que se eu exagerar a barra, posso voltar a ser um epilético. Sei que isso não é puro medo, mas uma doença: insegurança.

Estou fazendo uma nova e curta história, mas a cada etapa, sinto fora do eixo por estar tentando algo ligeiramente diferente do que sempre fiz. É puro medo errar. Estou precisando arriscar, e talvez tomar meus remédios.

Mais Cintiq

Usando em conjunto Cintiq, Mangá Studio e Photoshop praticamente me sinto trabalhando com papel. Com a vantagem de ter crt+z e zoom.

O resultado é praticamente o mesmo  que tenho usando papel, tinta e pincel.

O que mudou mesmo foi o local de trabalho: sai a prancheta (que agora vou usar praticamente para fazer os roteiros, layouts e estudos)  e entra o computador.

(Claro, continuo com os olhos ardendo, mas acho que trocando as lentes dos óculos eu resolvo isso)

Cintiq papel digital

Meus olhos estão ardendo. Não estou acostumado a trabalhar com um monitor de lcd a 15 cm dos olhos. Mas acho que óculos novos e alguns ajustes de resolução podem resolver esse problema. Sim, a Cintiq chegou.

Esse é um dos primeiros desenhos que fiz nela para testar. Usei o Autodesk SketchBook Pro. Para fazer os rascunhos já vi que ela é boa, resolve bem.

Depois tentei usar o Photoshop, mas sem grande sucesso. Para trabalhar com imagens em 300 dpi a Cintiq ficou pequena, não gostei do resultado dos traços, do jeito de trabalhar (ter que usar 200% no mínimo para ter um controle melhor das linhas). Fiquei um bastante frustrado com isso.

Meu amigo Rafael Fernandes indicou o Open Canvas, um programa japonês similar ao Photoshop, mas mais voltado a quem desenha e pinta digitalmente. O resultado ficou melhor, mais orgânico, talvez o caminho seja esse.

Vetor! A solução seria usar vetor, porque com vetor você pode desenhar em qualquer tamanho e mesmo assim não tem problema na hora da impressão. Achei alguns tutoriais sobre como usar o Ilustrator e cheguei a um resultado um pouco melhor.

Hoje fiz alguns testes com o Mangá Stúdio Ex. Ele tem uma ferramenta que me simula muito bem um pincel e pode trabalhar com vetor também (fico devendo a imagem do desenho que fiz).

Tirando a dor nos olhos, acho que o uso da Cintiq tem futuro. Claro, se tudo der errado volto ao bom e velho papel. =)