Na prancheta
Terminei o lápis da oitava página. Percebo que a ferrugem começa a dissipar e, aos poucos, vou voltando à forma.
O que tem funcionado é o compromisso que fiz comigo mesmo de fazer pelo menos 1 quadrinho por dia, todos os dias, inclusive fins de semana e feriados.
Alguns dias extrapolo essa meta, o que é bom. Em outros, é muito difícil cumprir, mas tenho resistido.
Percebo que a constância, mais que o resultado, é o que importa.
Vários desenhos não ficaram como eu desejava, mas tenho seguido em frente. Às vezes volto, conserto algum, às vezes refaço inteiro, e, em alguns momentos, percebo que o que parecia ruim na verdade está bom.
Na cabeça
Começam a pipocar ideias para uma nova história. Tenho guardado essas ideias pois sei que não é o momento para trabalhar nelas.
Eu ainda não consigo materializar em páginas todas as histórias que gostaria de escrever. Meu lado desenhista não tem a mesma velocidade de produção que o lado roteirista.
Por isso, minha resposta é sempre negativa quando alguém me oferece um roteiro para desenhar. Eu não consigo desenhar nem minhas próprias histórias.
Impossível pensar em fazer um trabalho apenas como desenhista.
PS.: Seguem algumas páginas.












